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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Sim, estou viva!


Bom dia, meus queridos seguidores... se é que ainda me resta algum!

Peço desculpas logo de início por ter ficado tanto tempo ausente. Vontade de escrever não me falta, mas a correria do trabalho me deixa tão esgotada que acaba afetando minha inspiração e criatividade.

Antes de tudo, quero frisar novamente a questão de cuidarmos do corpo e da mente, e de combinarmos o trabalho com atividade física e lazer. Devemos reservar sempre tempo para nossos seres queridos, família e amigos, pois eles são nossa razão de ser. A rotina não pode ser tão alucinante a ponto de esgotar nossa energia. Digo isso por experiência própria...

Ultimamente venho tentando incorporar hábitos saudáveis à minha rotina. Estou cuidando mais da alimentação, caminhando uma hora por dia antes de começar a trabalhar, tirando uma sonequinha de 30 minutos no horário de almoço e, principalmente e acima de tudo, reservando tempo para o lazer, isto é, para ler, assistir séries e filmes, sair só com meu marido — ou todos juntos, marido, filhos e cachorros. Vocês não imaginam quão poderosos são esse pequenos, mas inestimáveis, prazeres.

Mas voltando ao ponto de partida, há tempo que quero publicar alguma coisa e retomar o hábito de escrever no blog. Então, cá estou!

Começarei contando sobre a minha recente viagem à Espanha, minha segunda terrinha. Mesmo tendo nascido lá, é aqui que estão meu coração e minhas raízes. Eu amo muito o Brasil, e é aqui que realmente me sinto em casa.

Desta vez fui sozinha, pois meu marido teve a oportunidade de viajar a trabalho nessa mesma época para o norte da Espanha, León. E nossos filhos estão trabalhando e estudando. Então fui sozinha para ficar 15 dias com a família.

Como sempre, o fato de viajar sozinha me deixa um pouco mal, primeiro porque, querendo ou não, sempre me dá certa angústia deixar para trás meu marido e filhos, ainda que por poucos dias; segundo porque sempre fico imaginando que vou ter algum problema no aeroporto, é algo que não posso evitar, é mais forte que eu. Afinal de contas sempre tive muitos problemas com documentação. Agora sou brasileira naturalizada (com passaporte brasileiro), mas sou filha de pai alemão e mãe cubana. Nasci na Espanha, não obstante nunca tive nacionalidade espanhola, mas sim alemã... Isto é, uma combinação bastante esdrúxula que não poderia deixar de se traduzir em muitos percances burocráticos.

Só para ter uma ideia do que estou falando, recentemente precisei corrigir três documentos: a carteira de trabalho, a identidade e o CPF. 

Para corrigir a carteira de trabalho, precisei ir quatro vezes à Secretaria do Trabalho, pois toda hora erravam algum dado, ora o local de nascimento, ora o nome de minha mãe... Enfim, algo que deveria ser simples se transforma numa enorme perda de tempo. 

Para corrigir a identidade até que foi fácil, só precisei levar minha certidão de naturalização e mais alguns documentos e não houve contratempos. 

Já a correção do CPF, não consegui fazer pelo site, porque não havia a opção de cidade de nascimento e UF, além disso, o meu nome tem um “Y” aí perdido que só serve para atrapalhar, porque o sistema da Receita não aceita consoantes avulsas. Lá fui eu para o Correio, fiz o procedimento de alteração, paguei a taxa e, eis que o funcionário vira para mim e me diz: “A senhora vai ter que ir na Receita para finalizar o procedimento”, e eu, “Ah, que bom, filhinho porque eu não tenho nada melhor para fazer mesmo, além disso, já estou com saudade dos funcionários receptivos e amigáveis da Receita”... (PENSEI!) Hehehe... Não sou tão ignorante, mas, que dá vontade de soltar uma dessas, dá.   

Lá fui eu, no meu horário de almoço, peguei um Uber para ir até à Receita. Não é que o cara me erra o caminho e eu chego cinco minutos atrasada? Aí, lá vou eu com a minha cara de ovelha a caminho do abate... “Moça, eu tinha horário agendado, mas cheguei com cinco minutos de atraso porque o Uber que peguei errou o caminho... será que ainda posso ser atendida?”. Ela responde “Só um momento, por favor”, liga para alguém e me diz: “Infelizmente, blá, blá, blá”, e eu: “Tudo bem, eu não queria mesmo. Prefiro ter que agendar novamente e fazer outro passeio de Uber, porque eu não tenho nada melhor para fazer nesta vida”... (PENSEI).

AFFFF... Para minha surpresa, na segunda vez deu certo.

Agora imaginem... Se para resolver essas questões domésticas já é um parto, quem dirá para fazer uma viagem internacional? Não é à toa que eu fico sofrendo por antecipação, gato escaldado tem medo de água fria!

Desculpem mais uma vez! Eu estava prevendo que isso ia acontecer... Após um período de abstinência blogueira, foi impossível driblar a bendita tagarelice. O que era para ser um agradável diário de viagem, transformou-se numa versão medíocre de um pesadelo kafkiano...

Lamento, mas a parte interessante terá de esperar a próxima postagem.

Não me abandonem, que tentarei compensar.

Abraço e um ótimo dia a todos os corajosos e misericordiosos que aguentaram chegar até aqui. Certamente há um lugar reservado para vocês, lá em cima, na área VIP!

É óbvio que não vou pedir um joinha... só faltava essa!

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