domingo, 11 de junho de 2017

Minha primeira experiência com a tradução literária - 1ª parte

Olá, meus queridos leitores!

Fazia tempo que não escrevia no blog... As últimas publicações abordaram algumas questões gramaticais, algumas ferramentas úteis para o tradutor, regionalismos, etc. Mas há tempo estou me segurando para compartilhar uma experiência pessoal, e como boa geminiana que sou, minha ansiedade tem um limite que já foi totalmente ultrapassado e agora que comecei a escrever sobre o assunto, o céu é o limite!

Se precisarem ir ao banheiro ou tomar uma aguinha vão logo, porque estou sentindo que a matraca vai tomar conta... preparem os ouvidos, ou melhor, os “zoios”... e desculpem as bobagens, mas quando fico empolgada, fico meio abobalhada.

Vamos lá, tudo começou num belo domingo, no dia 10/05/2016, para ser mais precisa, acabei de recuperar essa informação em minha base de dados e fiquei abismada ao ver como o tempo voaaaa! Ontem fez um ano! É muita coincidência, e nem acredito que aguentei todo esse tempo sem falar no assunto no blog, bati meu record de paciência oriental!

Prossigamos, um belo domingo, em Fortaleza — havíamos tirado uns dias para fazer uma viagem em família e curtir um parque aquático com os nossos filhos —, quando acabamos de tomar café, e peguei meu notebook para dar uma olhada nos e-mails (tradutor que se preza leva sempre junto o bichinho), é uma espécie de tique nervoso olhar a caixa de mensagens...

Então dou uma olhada por cima, e meus olhos estacionam numa mensagem com título “Notificação” — é com esse nome que chegam as mensagens que recebo através do blog —, já fiquei curiosíssima e fui logo abrindo a mensagem. Quando terminei de ler, quase caí dura, a filial brasileira de uma editora espanhola estava me contatando para saber se eu queria fazer um teste de tradução de literatura infantojuvenil!!! Meu coração disparou e quase saiu pela boca. Puxa, eu estava numa viagem em família, mas era a oportunidade que eu estava esperando desde a maternidade!!!

E agora, José?! Expliquei para meu marido, que não se chama José, mas sim César — eu estava fazendo uma referência ao poema de Carlos Drummond de Andrade, sacaram? —, Que bobagem... mas agora que a matraca se soltou, ninguém segura. Enfim, expliquei ao meu marido a importância daquele teste e, como sou uma mulher de sorte que tem uma família maravilhosa que a apoia, fiz o teste naquele mesmo dia, com um superfriozão na barriga, mas com muita esperança no coração.

INSANO

Se eu estava insegura? É óbvio!!! Mas, se no dia anterior eu havia descido num tobogã aquático de 40 metros de altura chamado “INSANO” e havia sobrevivido, nada abalaria minhas estruturas.

Fiz o teste da melhor maneira que pude, reuni todos meus pensamentos positivos e cliquei em “Enviar”, e que fosse o que tivesse que ser, porque havia dado meu melhor.

Passaram-se uns dias e, quando já estava à beira de um ataque de nervos... 





Tchan tchan tchan tchaaaann, recebi a resposta de que meu teste havia sido aprovado junto com a proposta para traduzir dois livros de literatura infantojuvenil. Tentei me controlar para que não achassem que eu havia fugido dum hospício, mas o fato é que eu estava mais feliz que pinto no lixo e não cabia em mim de tanta felicidade.


Realizem! Quando eu era pequena eu viajava na maionese lendo meus livros, ficava lá em meu mundinho sonhando acordada, cheguei a ler sete vezes o mesmo livro e agora eu ia para o “lado de lá”, é como se um portal mágico estivesse se abrindo para mim...

(continua)

4 comentários:

  1. Muito obrigada, Amistad, confesso que o 'guerreira' me emocionou!

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  2. É mais que merecido pela sua determinação, competência e seriedade. Recolhendo frutos ou, como dizem os franceses, é um retorno justo das coisas. Que venham muitos outros!

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