Em espanhol, quando o objeto direto é uma pessoa ou um ser animado é sempre preposicionado:
Saludé a mis amigos.
No encuentro a mi gato.
El curso capacitó a una centena de profesionales.
El curso capacitó a una centena de profesionales.
Los profesores conocen bien a sus alumnos.
A ausência ou presença de preposição também muda o significado da mensagem:
Busco una traductora de español (qualquer tradutora de espanhol).
Busco a una traductora de español (uma em particular).
Em estruturas em que o sujeito e o objeto direto são permutáveis e que por isso podem gerar ambiguidade, colocamos a preposição "a" para distinguir o objeto do sujeito.
La virtud vence al vicio.
Em português, também temos casos em que o objeto direto deve, sim, ser precedido de preposição.
Um desses casos é para evitar ambiguidade.
Observe as frases abaixo e veja como elas mudam de sentido
se retirarmos a preposição:
Ama tua pátria como a
teu pai.
No exemplo acima colocamos a preposição depois da conjunção
comparativa para esclarecer que o sujeito deve amar sua pátria tanto quanto ama
seu pai (aqui o pai é paciente da ação do verbo). Se tirarmos a preposição,
estaremos dizendo ao sujeito que ele deve amar sua pátria da mesma forma que o
pai a ama (aqui o pai é agente da ação do verbo).
Ele me olhou como a
um bicho estranho.
Outra vez para esclarecer uma estrutura comparativa. Se
retirarmos a preposição, estarei dizendo que ele me olha do mesmo modo que um
bicho estranho me olharia.
Porque eu o conheço melhor que a meu pai.
Também uma construção comparativa. Com a preposição eu o
conheço melhor do que conheço meu pai, e sem a preposição, eu o conheço melhor do que
meu pai o conhece.
Essa gente que a
ninguém escuta.
Aqui colocamos a preposição diante do pronome indefinido
para esclarecer que essa gente é o sujeito que não escuta ninguém. Sem a
proposição, ninguém seria o sujeito que não escuta essa gente.
É possível saber o desfecho desta luta se dissermos "o gladiador o leão matou"? |
Para evitar a ambiguidade em construções sintáticas inversas como no exemplo acima, é preciso colocar a preposição 'a' diante do objeto para distingui-lo do sujeito. Se dissermos "ao gladiador o leão matou", o leão vence; se dissermos "o gladiador ao leão matou", o gladiador vence.
Da mesma forma, nas frases abaixo a preposição serve para
distinguir o objeto do sujeito em frases em que construções sintáticas inversas:
Humilhava o garoto à irmã.
O pai que ao próprio
filho não conhece.
Vence o mal ao
remédio.
Saudou ao mestre a plateia.
No espanhol tem outras preposições que são usadas nestes casos, além do "a"?
ResponderExcluirOlá. Eu vi em um site que, quando uma pessoa ou um animal ou objeto personificado aparece como objeto direto em uma oração, o objeto deve ser antecedido pela preposição "a". Porém, eu não consegui entender o conceito de personificação. Você poderia me dar exemplos de frases em que existam animais/objetos personificados para que eu possa ter uma ideia da aplicação dessa regra?
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Por exemplo, quando se refere a um animal de estimação (Acaricio a mi gata) ou com animais que são personagens (Conozco a Pluto. Don Quijote amaba a Rocinante).
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