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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Cultura: La Catrina o Calavera Garbancera


La Catrina é um ícone da cultura mexicana. Originalmente chamada La Calavera Garbancera, é uma figura criada pelo ilustrador e caricaturista José Guadalupe Posada, famoso por retratar cenas de costumes, folclóricas e críticas sócio-políticas, foi batizada pelo muralista Diego Rivera.

A história de La Catrina começou durante os governos de Benito Juárez, Sebastián Lerdo de Tejada e Porfirio Díaz. Nesse período, começaram a popularizar-se textos escritos pela classe média que criticavam tanto a situação do país quanto a das classes privilegiadas. Os textos, redigidos de maneira zombeteira e acompanhados de desenhos de crânios e esqueletos começaram a ser reproduzidos em jornais chamados de combate.

As caveiras eram retratadas usando roupas de gala, tomando pulque (bebida feita da água-mel extraída do maguey, parecido com um cacto), montadas em cavalos, em festas da alta sociedade ou de um bairro. O objetivo era retratar a miséria, os erros políticos, a hipocrisia de uma sociedade, como ó o caso de “La Catrina”.

A palavra "catrín" definia um homem elegante e bem-vestido, o qual ia acompanhado de alguma dama com as mesmas características; este estilo foi uma imagem clássica da aristocracia do fim do século XIX e início do século XX. É por isso que, ao dar-lhe uma vestimenta desse tipo, Diego Rivera transformou a “Calavera Garbancera” em “La Catrina”.

A versão original é um gravado em metal com autoria do caricaturista José Guadalupe Posada. O nome original é Calavera Garbancera. “Garbancera” é a palavra pela qual se conheciam então as pessoas que vendiam garbanza (uma variedade superior de garbanzos, isto é, grão de bico) que tendo sangue indígena pretendiam parecer europeus e renegavam sua própria raça, herança e cultura. 

Detalhe do mural de Diego Rivera, Sueño de una tarde dominical en la Alameda Central. À esquerda de La Catrina, Diego Rivera (criança) e Frida Kahlo; à direita, José Guadalupe Posada.

A imagem da Catrina está tornando-se a imagem mexicana por excelência sobre a morte, é cada vez mais comum vê-la plasmada como parte de celebrações do dia dos mortos ao longo de todo o país.

Em 2010 a Catrina completou 100 anos de sua criação por José Guadalupe Posada.


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