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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Falso amigo: "rango"


Em espanhol, a palavra rango originada do francês, rang, refere-se a um nível ou categoria de algo ou alguém em relação a algum parâmetro ou classificação estabelecidos. Ou ainda, à amplitude de variação de um fenômeno numa escala entre os limites mínimo e máximo.

Na figura acima, por exemplo, o quadro mostra o rango, isto é, a variação de temperaturas de cozimento dos alimentos entre os limites mínimo e máximo.

Exemplos de uso:

Según la ilustración, las bacterias crecen rápidamente en un rango de temperatura entre 5°C y 60°C = Segundo a ilustração, as bactérias crescem rapidamente numa faixa de temperatura entre 5°C e 60°C

Rango de precio aproximado de renovación del carnet de conducir = Faixa aproximada de preço de renovação da carteira de habilitação

Una ley de rango constitucional = Uma lei de categoria constitucional

Para subir de rango en este juego, tienes que acumular puntos y luchar por tu equipo = Para subir de categoria neste jogo, você tem que acumular pontos e lutar por sua equipe

Como en todas las artes marciales, en el taekwondo también existe un sistema de rangos que permite identificar el grado de cada individuo = Como em todas as artes marciais, no taekwondo também existe um sistema de categorias que permite identificar o grau de cada indivíduo

Por outro lado, em português, rango é uma forma coloquial para referir-se à ação de comer, fazer uma refeição ou ao próprio alimento. "Quando a reunião terminar, vou fazer um rango, pois esse lenga-lenga me deu muita fome".

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Brasileirismos

http://ospontosdevista.blogs.sapo.pt/
Para quem traduz do português do Brasil ao espanhol, uma das grandes dificuldades são os brasileirismos, isto é, marcas lexicais, semânticas e até mesmo sintáticas que diferenciam o português brasileiro do português lusitano e que traduzem um universo de mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, de mais de 500 anos de história, de nossa natureza exuberante, a fauna, flora e geográfica, a miscigenação de diversas raças na formação do povo brasileiro e os costumes e manifestações culturais.

Neste artigo, vamos ater-nos aos brasileirismos mais evidentes, os do âmbito lexical. Da convivência com as línguas indígenas, destacam-se os tupinismos, brasileirismos que derivam diretamente do tupi-guarani, seja mediante sufixos que funcionam como adjetivos, qualificando o substantivo ao qual se ligam como, por exemplo, o sufixo ‘-açu’ que significa grande, itaguaçu (pedra grande), babaçu (palmeira grande); ou o sufixo ‘-mirim’, que significa pequeno, abatimirim (arroz miúdo), Mojimirim, cajá-mirim, etc.

Observamos tupinismos também em toponímicos como ‘carioca’, que significa casa do homem branco (caraíba + oca), Ipanema, Tijuca; em nomes e sobrenomes, Araci, Jandaia; elementos da fauna e flora como cupim, mandioca, abacaxi; na alimentação, em palavras como aaru (espécie de bolo que os nhambiquaras preparam com tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca); em nomes de utensílios como moquém (grelha de varas para secar carne ou peixe); em nomes de fenômenos da natureza como a pororoca (grande onda que ocorre, em certas épocas, em rios muito volumosos, especialmente no Amazonas e que destrói tudo que encontra à sua passagem, causando grande estrondo e formando atrás de si ondas menores), deriva do tupi poro'roka, que significa estrondo; igarapé pequena corrente de água entre ilhas ou trechos de um rio ( ï'ara 'canoa' + 'pe 'caminho'), etc.

Ao lado das línguas indígenas e da língua portuguesa, convivemos também, com africanismos derivados de línguas africanas, principalmente as do grupo banto (quimbundo) e sudanês (ioruba ou nagô), faladas por uma população escrava. A influência africana na cultura nacional foi mais profunda que a indígena, provavelmente, devido à convivência que existia entre brancos e negros, que trabalhavam no interior das casas como cozinheiras, arrumadeiras, a presença da mãe-preta, a ama de leite e das crianças no convívio diário nas casas grandes. Fato que não se deu com o indígena.

Observamos influência africana no léxico brasileiro principalmente na alimentação, religião, manifestações culturais, etc. buzo (búzio), candomblê,  caçula, mungunzá (canjica),  cafuné (do quimbundo, uma língua da Angola, que originariamente significa "tomar a cabeça de alguém e torcê-la", mas que depois tomou o significado de coçar a cabeça de alguém com delicadeza, fazer um mimo, um carinho), etc. Além da influência no léxico, daqui resultaram várias influências no falar brasileiro a que se podem atribuir os seguintes fenômenos de fonética: ensurdecimento e queda do r final; redução de nd a n nos gerúndios; queda ou vocalização do l final; alguns casos de epêntese (por exemplo, fulô por flor ou quelaro por claro); etc.

Há também casos em que a cultura indígena e a afro-brasileira se fundem como é o caso do termo caruru, de origem indígena — ca-á-ruru — que representa uma espécie da flora brasileira, enquanto a iguaria com ela preparada e acrescida de outros ingredientes como o dendê, o camarão, entre outros, pertence à culinária afro-brasileira.

Além da influência indígena e africana no léxico do português brasileiro, temos também a influência de imigrantes italianos, espanhóis, alemães, árabes e japoneses. E ainda das invasões holandesas e francesas após a colonização portuguesa.

Há outros brasileirismos aparentes que não passam de formas dialetais portuguesas, oriundas das regiões que forneceram os colonos para o Brasil, como os Açores e as várias províncias portuguesas. O resultado foi prosa em vez de conversa ou salvar por saudar (ou dar a salvação, como ainda se diz em algumas regiões de Portugal). A influência açoriana é bem visível em Santa Catarina, por exemplo, em Florianópolis, no falar peculiar do “manezinho da ilha” conhecido informalmente como “manezês” e em diversas manifestações culturais como a renda de bilro; na literatura em quadrinhas e o pão de Deus, na gastronomia e em danças e folguedos como o do boi mamão.

Como acontece em todas as línguas transportadas de sua origem a outras paragens, o português brasileiro apresenta alguns termos arcaicos e um vocabulário que já foi esquecido no país de origem e que aqui se mantém vivo. São exemplos: reinar por fazer travessuras; função por baile; faceiro no sentido de peralta; aéreo no sentido de perplexo. Também palavras novas que designam novos objetos, invenções, técnicas, etc, e que têm uma formação distinta da que se verificou em Portugal. São exemplos ônibus por oposição a autocarrotrem por oposição a comboiobonde por oposição a eléctrico ou aeromoça por oposição a assistente de bordo.

E os brasileirismos semânticos, palavras que, sem perderem o seu significado tradicional, enriqueceram-se com uma ou mais acepções novas no Brasil. Por exemplo, virar também significa transformar-se em e prosa é também utilizado com o sentido de loquazconversador.
Alguns regionalismos derivam de contato com os países vizinhos como, por exemplo, “matambre”, forma sincopada de “matahambre”, vocábulo corrente na região do Rio da Prata, definido como capa de carne que se encontra entre o couro e as costelas do gado bovino. Ou vocábulos como peleia, melena, macanudo, entrevero, presentes no dialeto gaúcho, influenciado principalmente pelo castelhano, italiano e alemão.

Além da influência de outras línguas, o português brasileiro vai criando e incorporando vocábulos próprios que traduzem nossa realidade social, política, cultural, comportamental, regional, etc., como por exemplo, “motoqueiro”, “frentista”, “boia-fria”, “edícula”, “favela”, “sertão”, “retirante”, “colarinho-branco”, “ficha-limpa”, “blitz”, “bafômetro”, "vestibular", "medalhar" (ser premiado com medalha), etc. Alguns neologismos têm vida curta, enquanto outros acabam sendo recolhidos e reconhecidos pelos dicionários.

Como proceder ao traduzir um brasileirismo?

Como se trata de uma palavra peculiar e inerente ao português do Brasil, acredito que o tradutor não deva descaracterizá-lo, por isso, uma boa opção seria conservar o termo no original, acompanhado de uma breve explicação.

pt.wikipedia.org
culturaacoriana.blogspot.com
Brasileirismos e regionalismos, de Ana Maria Pinto Pires de Oliveira
A presença de africanismos na língua portuguesa do Brasil, de Ana Paula Puzzinato e Vanderci de Andrade Aguilera.
Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa 3.0
www.ciberduvidas.iscte-iul.pt
http://www.dicionarioetimologico.com.br/cafune/

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Portal "Practica Español"


O portal “Practica Español” é fruto de uma parceria da Fundación de la Lengua Española, a agência de notícias Agencia Efe e o Instituto Cervantes.

Este portal de acesso gratuito permite consultas em espanhol, inglês, alemão, francês, português e chinês. Os estudantes podem praticar o idioma a partir de informações da Agencia Efe, com apoio de professores do Instituto Cervantes, enquanto a Fundação contribui com a ferramenta tecnológica.
Conta com as seções de notícias, exercícios, gramática, música e professor Spot, que consiste em anúncios publicitários em espanhol ou legendados, com atividades para praticar espanhol.

O portal permite ainda testar seu nível de espanhol segundo o Plano Curricular do Instituto Cervantes e o Marco comum europeu de referência para línguas proposto pelo Conselho Europeu. Os níveis de aprendizagem são:  A1 e A2 (básico), B1 e B2 (intermediário) e
C1 e C2 (avançado).

Dispõe de uma variedade de conteúdos informativos com diferentes temáticas: Espanha, Mundo, Esportes, Entretenimento, Viagens, Saúde, Economia, Cultura, Ciência e Gastronomia.

Cada texto é acompanhado por um áudio, e, em muitos casos, por um vídeo informativo relacionado, o que permite ler e escutar, praticar a compreensão escrita e oral, e seu nível de competência através dos exercícios propostos.

Para esclarecer dúvidas gramaticais, cada noticia contém uma proposta gramatical, em forma de nota breve, Notas de Gramática, para rever a teoria e ajudar a melhorar o conhecimento sobre o idioma de Cervantes.

www.practicaespanol.com

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Análise contrastiva: colocação do pronome adjetivo “mais”


Em português, em construções do tipo “mais uma palavra”, é comum usar o pronome indefinido “mais” anteposto ao numeral que acompanha o substantivo.

Exemplos:

— Garçom, por favor, mais duas cervejas.

— Não quero ouvir nem mais uma palavra.

 O Brasil ganhou mais duas medalhas.

Faltam mais três dias para o outono começar.

A atriz declarou que quer ter pelo menos mais três filhos.

Por outro lado, em espanhol, nesse tipo de construção, usa-se o “mais” posposto ao substantivo. Assim, vejamos como fica a tradução das frases acima:

— Mozo, por favor, dos cervezas más.

— No quiero oír ni una sola palabra más.

 Brasil logró dos medallas más.

Faltan tres días más para que llegue el otoño.

La actriz declaró que quiere tener como mínimo tres hijos más.

Observação:

A expressão “a mais não é o mesmo que “mais, assim como “a menosnão é sinônimo de “menos”. “A mais” equivale a “de mais”, e “a menos a “de menos”:

Leu mais dois livros = Leu dois livros mais (e não “a mais”)

Comeu menos duas laranjas = Comeu duas laranjas menos (e não “a menos”)

A bagagem está com seis quilos “a mais” (= de mais, em excesso) = El equipaje lleva dos kilos de más/de sobra.

Esse brinquedo vem com duas pilhas “a mais = Ese juguete viene con dos pilas de más/de sobra.

Havia dois bombons “a menos” na caixa (= de menos, em quantidade menor, em falta) = Había dos bombones de menos en la caja.

Deram-lhe dois reais “a menos” de troco = Le dieron dos reales de menos de vuelto.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Lo que, el que, la que



Quando o relativo que vai precedido do artigo determinado formando as locuções el que, la que, lo que, los que, las que, devemos distinguir dois casos: um em que o artigo conserva seu primitivo valor de pronome demonstrativo e faz de verdadeiro antecedente do relativo, e outro em que se oferece como mero artigo, que vem a formar com o pronome relativo “que” uma única palavra prosódica, como o francês lequel

Assim, quando Cervantes diz, Quijote, I, 18: “Aquí están los que beben las dulces aguas del famoso Janto”, o “los” equivale a “aquellos”, e é sujeito do verbo “están”, ao mesmo tempo que é antecedente do relativo que. Mas em:

El desierto rodea a Jerusalén; como la esposa infiel y repudiada, languidece en medio de una soledad a la que no acompañan sino las memorias antiguas de glorias que pasaron para siempre (Mons. Castro, Los grandes santuarios del Catolicismo)

o artigo “la” da locução “a la que” não faz mais que indicar o gênero feminino do antecedente soledad, e pertence junto com “que” à oração de relativo, da mesma forma que no seguinte exemplo de Clemencín:

La relación de las aventuras de D. Quijote de la Mancha, en la que los lectores vulgares sólo ven un asunto de entretenimiento, es un libro moral de los más notables que ha producido el ingenio humano

onde “la” indica o género do antecedente “relación” e pertence à oração relativa.

Funções do artigo

O artigo das locuções el que, la que, los que las que quase nunca tem o valor de artigo, mas de pronome antecedente do relativo; diferentemente do que ocorre com a locução lo que, onde o “lo” umas vezes é pronome, como em “siempre se desalaba lo que se quiere comprar”, e em “eso que te han contado es exactamente lo que sucedió”, e outras é artigo que junto com “que” se refere, não a um nome ou pronome, mas a toda a oração principal, como em:

yo soy, hermano, el que me voy; que ya no tengo necesidad de estar más aqui, por lo que doy infinitas gracias a los cielos” (Quijote, II, I)

onde “lo que” se refere a toda a oração anterior e pode ser substituído por “lo cual” e também pelo neutro “ello”; assim: por lo cual doy, ou por ello doy.

Pode omitir-se o artigo da locução “lo que”, e fica então o relativo que se refere a toda a oração

Vio no lejos del camino una venta, que fue como si viera una estrella (Quijote, I, 2).

Este que não se refere a venta, mas à oração vio una venta.

A locução “lo que” pode ser substituída por “cuanto” quando o antecedente for o indefinido “todo”:

Sancho Panza tiene razón en todo cuanto ha dicho, y la tendrá en todo cuanto dijere (Quijote, II, 32)

Neste caso pode omitir-se o antecedente todo, e cuanto significa apenas ‘todo lo que’:

Pero si Filis por aquí tornare,
Hará reverdecer cuanto mirare
(Garcilaso, Égloga III).

Cuidado com o “loqueísmo

Chama-se de “loqueísmo” o uso desnecessário, vicioso e repetido da construção gramatical “lo que” diante do verbo ser (lo que es, lo que fue, lo que son, etc.), em construções nas quais seu uso não modifica o significado.

Frequentemente, na mídia, tanto na escrita quanto na oralidade, utiliza-se a construção coloquial “lo que es” em frases como “El área técnica está trabajando en lo que son los proyectos ejecutivos” Ou “Colaborar con lo que es los contenidos de la radio” (onde nem mesmo há concordância).

Nos exemplos anteriores, o adequado é eliminar esta construção porque ela não modifica em nada seu significado: “El área técnica está trabajando en los proyectos ejecutivos” ou “Colaborar con los contenidos de la radio”.

Convém lembrar que esta sequência de palavras aparece em inúmeros contextos de forma correta: “Cómo explicar lo que es Twitter a quien no lo conoce”, “Es más compleja y, lo que es más importante, está muy bien organizada” ou “Me enseñó lo que es la amistad”.

O artigo neutro “lo” diante do pronome relativo que equivale a aquilo que, o que. Usamos o artigo neutro, quando não sabemos o gênero do antecedente ou quando nos referimos a algo abstrato ou ainda a uma ação:

Lo que me encanta en ti es tu inteligencia.

—¿Qué quieres comer?
Lo que tú quieras

Leer es lo que más me gusta.

Atenção!

Nunca coloque o artigo neutro "lo" diante de substantivos masculinos. É muito comum os brasileiros confundirem o lo com o (artigo masculino, em português). Substantivos masculinos aceitam somente o artigo el. O artigo neutro “lo” é usado somente diante de adjetivos ou advérbios. Lo mejor, lo más importante, lo bueno, lo fácil, etc.

Traduzido e adaptado de www.wikilengua.org
Real Academia Española, Gramática de la lengua castellana, nueva edición, reformada, Madrid, 1917.
www.fundeu.es
www.soespanhol.com.br

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Significado da expressão "comerse el coco"


A expressão “comerse el coco” em espanhol , deriva da metáfora que identifica o coco com a cabeça, associação que se deve ao formato esférico do fruto e à dureza de sua casca.

Comerse el coco” significa remoer-se, amofinar-se, afligir-se, refletir, pensar muito antes de tomar uma decisão. Em português, temos a expressão coloquial “queimar a cuca” ou “esquentar a cuca”.

Exemplo:

Al hacer el examen, si no sabes alguna pregunta, no te comas el coco, no pierdas tiempo y pasa a la próxima (Ao fazer a prova, se você não souber alguma pregunta, não queime a cuca, não perca tempo e passe para a próxima).

Essa expressão pode usar-se de forma refletiva, ou seja, com o sujeito como agente e paciente da ação “Yo me como el coco”, ou ainda, como bitransitiva “Comerle el coco a alguien”, neste caso, significa influenciar os pensamentos de alguém. Em português, temos o correspondente: “fazer a cabeça de alguém”.

Exemplo:

A Juana no le interesaba aprender  a coser, pero su madre le comió tanto el coco, que al final se matriculó en el curso de corte y confección (Juana não estava interessada em aprender a costurar, mas sua mãe fez tanto sua cabeça, que finalmente ela se matriculou no curso de corte e costura).

Também existe o substantivo "comecocos" para alguém que tem a habilidade de convencer e persuadir os outros, de influenciá-los com suas ideias. Podemos traduzi-lo ao português como manipulador, influenciador, controlador, insistente, etc. 

Existe ainda uma expressão semelhante, mas com um significado mais contundente “Sorberle los sesos a alguien”, usada para designar a situação em que uma pessoa submete a outra à sua vontade, controlando-a e dominando seus pensamentos. É mais forte que influenciar, em português seria algo como “virar a cabeça de alguém”, isto é, mudar as ideias da pessoa a ponto de fazê-la perder o juízo.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Significado da expressão "mucho arroz para poco pollo"


Quando dizemos em português “é muita areia para meu/seu caminhãozinho” significa que não nos sentimos preparados para conseguir alguma coisa. Geralmente usa-se essa expressão para indicar a falta de confiança para conquistar alguém ou para indicar a desproporção na aparência do casal, quando um tem uma aparência mais favorecida que o outro.

Em espanhol, diz-se “ser mucho arroz para poco pollo”, mas além do sentido a que nos referimos antes, também se usa para indicar a falta de proporção entre duas coisas ou uma situação de dificuldade. 

Exemplo: No creo que este coche pueda resistir um viaje de tantos quilômetros, es mucho arroz para poco pollo

Usa-se também para indicar uma situação em que se faz muito escândalo por pouca coisa, como quando dizemos em português, fazer uma tempestade num copo d’água. Nesse caso, equivale também à expressão “mucho ruido y pocas nueces”.