Enquanto em português temos um único verbo “qualificar” e um único substantivo “qualidade”; em espanhol, temos dois
verbos “calificar” e “qualificar” e dois substantivos “calidad”
e “cualidad”.
Isso costuma causar bastante confusão entre os lusófonos, por isso, vamos ver
em que situações devemos usar cada um dos verbetes.
Quando nos referimos às propriedades que permitem avaliar o
valor de algo, ou para expressar juízos de valor a respeito de um produto ou
serviço, devemos usar a palavra “calidad”. Assim, um produto pode ser
de boa ou má “calidad” e todos os produtos e serviços devem passar por um “control
de calidad” antes de chegar às mãos do consumidor ou cliente. Lembrando
que as traduções também devem passar por um controle de qualidade para que
possamos oferecer um trabalho consistente.
Quando nos referimos às características de algo ou alguém,
ou seja, às propriedades, aos atributos distintivos que distinguem um ser ou um
objeto, devemos usar a palavra “Cualidad”. Também usamos essa
palavra para destacar qualidades positivas, assim quando dizemos “Una mujer con muchas cualidades”,
estamos dizendo que ela tem muitas virtudes.
Agora, a diferença entre “calificar” e “cualificar”.
Usamos o primeiro termo para referir-nos ao ato de apreciar ou determinar as qualidades
ou circunstâncias de algo ou alguém, por outro lado, usamos o segundo termo — “cualificar”
— para referir-nos ao ato de oferecer a alguém o conhecimento necessário para desempenhar
um trabalho.
Exemplos:
Cada año 17.000
alumnos salen de las aulas de la FP, directos a un mercado que, de cada 100
puestos de trabajo, demanda 78 con este tipo de cualificación, y con la vista puesta en un escenario de 2020 en el
que según la UE sólo uno de cada diez personas sin cualificar encontrará trabajo en Euskadi. (GOROSPE, Pedro. Menos
asignaturas y más proyectos. El país digital. 7 de diciembre de 2014. Disponível
em: http://ccaa.elpais.com/ccaa/2014/12/07/paisvasco/1417973708_972536.html).
Carmen González Enríquez, catedrática de Ciencia
Política en la Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), se acercó
a esta cuestión a raíz del debate público abierto por la cobertura informativa
que se ha prestado a la partida de investigadores (la llamada fuga de cerebros)
y, en general, de profesionales cualificados. (PRATS, Jaime.
¿A cuántos españoles ha expulsado la crisis? El país digital. 17 de enero de
2014. Disponível em http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/01/17/actualidad/1389990285_962730.html).
Hay que tratar de mantener una actitud neutral, de “no juzgar”, de no calificar con connotación positiva o negativa cada pensamiento o sensación. Por ejemplo: “esto es un aburrimiento”, “esto no funciona”, “esto no me va a salir”, “no voy a poder”. (REYNOSO, Martín. Buceo en aguas profundas, un deporte mindfulness. Clarín digital. 17 de diciembre de 2015. Disponível em http://www.clarin.com/buena-vida/ser-zen/Buceo-aguas-profundas_0_1486651466.html).
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