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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Significado da expressão espanhola "mezclar churras con merinas"

Você já ouviu algum espanhol dizer que não se devem “mezclar churras con merinas”?

Esse refrão se originou da vida no campo, especificamente, da criação de ovelhas. As churras e as melinas são duas raças de ovinos características da península ibérica, as churras são de origem pré-romana e as merinas foram introduzidas pelos benimerines, tribo norte-africana durante a primeira metade do século XIV.

As churras têm manchas pretas nos cascos , no focinho e na área em volta dos olhos e as orelhas completamente pretas; sua lã é branca lisa, comprida e abundante e áspera ao tato, são ovelhas duras e resistentes que têm como destino alimentar com sua carne e leite; as merinas, por sua vez, têm o focinho mais largo e sua lã é curta, fina e frisada. Assim, pois, a lã das merinas é mais apreciada que a das churras por ser mais suave.

O nome churras parece se originar de churre, que significava “gordura grossa e suja” segundo o dicionário etimológico de Joan Coromines. Isso faz referência ao caráter mais áspero de sua lã.
Fonte: www.xatakaciencia.com

Ou seja, “mezclar churras con merinas” significa confundir coisas ou conceitos, colocar no mesmo plano temas ou pessoas de natureza muito diferente.

Exemplos:

La poesia de Lope y la de Quevedo pueden ser formalmente semejantes, pero en el fondo no tienen nada que ver, es juntar churras con merinas. (Diccionario de dichos y frases hechas, de Alberto Buitrago).

 «[…] es verdad hasta sus padres le llamábamos Chato desde niño, tu verás si puedes responder del agujero que has hecho en caja", y el Chato se anima un poco, "en caja B", porque no hay que mezclar churras con merinas y sabe que ése es su único punto de apoyo, “sí, en caja B, pero eso son pecadillos que se hacen en todas las empresas, y lo tuyo es un desfalco con todas las de la ley […]» (Mauro Zorrilla, Egrégor de Torremolinos. Salobreña, Granada: Editorial Alhulia, 1999, p. 18).

Correspondente em português:

Misturar alhos com bugalhos.  

Referências:

Centro Virtual Cervantes (http://cvc.cervantes.es/lengua/refranero/)

JIMENEZ, Alberto Buitrago. Diccionario de dichos y frases hechas, Espasa Calpe, Madrid 1995, 515 p.

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