Em espanhol, o burro sempre vai à
frente, em posição dianteira, na vanguarda, ao comando, à direção…
Explique-se:
enquanto no Brasil, não nos acanhamos ao dizer “eu e meu marido…”, “eu e minha
colega…”, “eu e meus vizinhos”, “eu, Zezinho e Chiquinho”, etc., na Espanha
isso é considerado falta de cortesia; o locutor não deve ser narcisista e
colocar-se em primeiro lugar, ele deve ser modesto e citar os outros primeiro.
Convenhamos que esse é um preceito de
bons modos que deveríamos adotar por aqui, tanto na fala quanto na escrita, é
uma questão de educação e cortesia. Os bons escritores já o fazem e deveríamos
seguir seu exemplo.
Por isso, na Espanha, quando alguém
diz: “Yo y mi compi…”, alguém logo o repreende, dizendo: “El burro delante para
que no se espante”.
A única ocasião em que se recomenda colocar o pronome eu no início da frase é nos casos em que se atribui culpa ao sujeito, nesses caso, por cortesia, o "eu" deve ficar no início como que para assumir a culpa expressa pelo verbo.
Exemplo: "Eu, o professor e o diretor devemos reconhecer que erramos ao tomar esta decisão."
Outro recurso da boa e velha civilidade que devemos utilizar na escrita é o plural de modéstia. Consiste em usar o "nós em lugar de "eu" com o objetivo de tirar o foco do "eu". Ex.: "Em nossa opinião...", "Acreditamos que...", etc.
A única ocasião em que se recomenda colocar o pronome eu no início da frase é nos casos em que se atribui culpa ao sujeito, nesses caso, por cortesia, o "eu" deve ficar no início como que para assumir a culpa expressa pelo verbo.
Exemplo: "Eu, o professor e o diretor devemos reconhecer que erramos ao tomar esta decisão."
Outro recurso da boa e velha civilidade que devemos utilizar na escrita é o plural de modéstia. Consiste em usar o "nós em lugar de "eu" com o objetivo de tirar o foco do "eu". Ex.: "Em nossa opinião...", "Acreditamos que...", etc.
E aproveitando o tema da civilidade
e dos provérbios, aqui vão outros refrães cujo intuito é incentivar o bom
convívio:
“El hombre bien nacido, no niega
saludos ni a sus enemigos.”
As boas maneiras não devem ser
esquecidas nem mesmo com as pessoas mais íntimas.
“Menos mantel y más comer.”
Não devemos ter cuidado excessivo
com etiqueta e protocolo e descuidar outras qualidades não menos importantes.
“Secretitos en reunión, es falta de
educación.”
Cochichar diante de outras pessoas é
falta de educação, seja numa reunião formal ou familiar.
“Entre amigos y soldados,
cumplimientos excusados.”
Significa que com pessoas de
confiança não precisamos utilizar um rígido protocolo de cortesia, mas um trato
modesto e simples, de confiança.
“Quien al poderoso adula, no
ensalza, sino especula.”
É uma crítica à cortesia fingida que
tem como pano de fundo o interesse material. Semelhante ao refrão: "Al
santo, por la peana", que alude ao interesse que demostramos pelo cargo ou
posição das pessoas em lugar de interessar-nos pelo que a pessoa é. A palavra “peana”
significa, base ou pedestal onde se colocam imagens ou estátuas.
“Quien tiene tejado de vidrio, no
tire piedras al de su vecino.”
Não devemos criticar os outros
quando não somos precisamente um modelo de virtudes.
“El hombre discreto, alaba en
público y amonesta en secreto.”
Não devemos repreender os erros
alheios em público.
“Quien de otros habla mal, a otros
de ti lo hará.”
Refere-se às pessoas que falam mal
de outras na ausência delas. Ou seja, farão o mesmo quando você não estiver
presente.
“A palabras necias, oídos sordos.”
Devemos evitar dar atenção a rumores, mexericos
e àqueles que falam sem razão nem juízo.
“El que dice lo que quiere, oye lo
que no quiere.”
Aquele
que diz o que quer deve estar disposto a ouvir o que não quer, ou seja, quem não
duvida em criticar os outros deve estar disposto a ouvir as críticas que lhe são dirigidas.
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