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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Usos idiomáticos do infinitivo em espanhol







AL + infinitivo

Expressão temporal usada para indicar que a ação expressa pelo infinitivo ocorre ao mesmo tempo que a ação expressa pelo verbo principal.

Al salir de casa comenzó a llover.

Todos se quedaron contentos al saber el resultado del partido.



CON + infinitivo

Possui um valor concessivo/condicional, equivalente a  aunque o si.

Considera que con asistir a la reunión ya estás involucrado en el proyecto.

Con llorar no vas a conseguir nada.



DE + infinitivo

Possui um valor condicional, equivalente a Si + verbo no indicativo ou no subjuntivo.

De tener unos días libres, viajaré a ver a mi familia (= Si tuviera unos días libres, viajaría a ver a mi familia).

De saberlo, te lo diría (= Si lo supiera, te lo diría).



POR + infinitivo

Possui um valor causal, equivalente a porque / puesto que / como + verbo no indicativo.

Cierran el colegio por faltar medidas de seguridad.

El niño fue suspendido por llevar una pistola de agua.



Também indica uma ação a ser realizada:

Estas son las cuentas por pagar.

Aún tenemos mucho camino por recorrer.



O infinitivo em instruções ou perguntas

Usa-se com frequência o infinito como equivalente de imperativo em instruções, placas ou em perguntas de anúncios publicitários para dar um caráter de impessoalidade ao texto.

Pelar las manzanas y cortarlas en rodajas.

No tomar estas pastillas con el estómago vacío.

No molestar.

¿Por qué no dejar que nos ocupemos de ello?



A + infinitivo

Possui um valor imperativo.

Ahora, ¡a estudiar!

¡A divertirse!

¡A callar!



Uso recriminatório do infinitivo composto

O falante pode usar o infinitivo composto para recriminar o ouvinte por não ter feito algo que deveria ter feito.

- Preferiría ir a un restaurante chino.

- ¡Pues haberlo dicho antes!



Usos incorretos:



Quando se usa o infinitivo para substituir a segunda pessoa do plural do imperativo: *¡Callar! (em lugar de ¡callaos!)





O infinitivo de generalização por omissão de um verbo de intenção ou de um verbo em forma pessoal: *Ante todo, pedirles que no se retrasen para la reunión.

*Recordarles por último que recojan sus objetos personales.

*Insistir que se mantengan atentos.



Quando se usa a construção a + infinitivo, o que constitui um galicismo: asuntos a tratar, temas a debatir, tareas a realizar, etc. Entretanto, há alguns casos em que essa construção é aceita:



A RAE considera que no âmbito da economia já estão consolidadas expressões como cantidad a ingresar e cantidad a deducir. Ocorre o mesmo na área administrativa e no jornalismo com expressões como temas a tratar, problemas a resolver, ejemplo a seguir, etc. A RAE adverte que em espanhol só são aceitáveis em alguns casos, por isso, recomenda atender as seguintes orientações:



a) Se a preposição admitir substituição pelas preposições por o para, ou pelo relativo que, sem que seja necessário mudar a estrutura da construção e sem que mude o significado, deve-se descartar a construção com a preposição “a”: *Tenemos dos asuntos a tratar (preferível: Tenemos dos asuntos que tratar); *No hay más asuntos a discutir (preferível: No hay más asuntos que/por/para discutir).

A respeito do uso de “por” no lugar de “a”, é necessário entender que eles tem alguns aspectos diferentes, em algumas ocasiões não significam a mesma coisa. Há uma pequena diferença em dizer “cantidad por pagar que “cantidad a pagar”: no primeiro caso entende-se que uma parte já foi paga, mas ainda falta pagar o restante, já no segundo caso, entende-se simplesmente “quantidade que deve ser paga”.


b) O verbo no infinitivo deve ser transitivo, pois em tais construções o infinitivo tem valor passivo; portanto, não são admissíveis orações como: *El lugar a comer será el restaurante mexicano. (pois não se diz comer un lugar, mas en un lugar); *La cuestión a hablar en la reunión es muy importante (pois não se diz hablar una cuestión, mas de o sobre una cuestión).


c) O infinitivo deve estar na forma ativa, pois os infinitivos destas construções já têm valor passivo: El tema a ser tratado presenta dificultades (correcto: El tema a tratar).


d) São comuns estas construções com substantivos abstratos como asunto, tema, ejemplo, cuestión, aspecto, punto, cantidad, problema e outros similares, e com verbos do tipo de realizar (evita-se hacer por razões de cacofonia com a preposição a: *tareas a hacer), ejecutar, tratar, comentar, dilucidar, resolver, tener en cuenta, considerar, ingresar, deducir, desgravar, descontar, etc. Mas não devem estender-se a outro tipo de enunciados, com outros verbos em infinitivo e com substantivos que não sejam abstratos: *Los ladrillos a poner están en la furgoneta; *Los libros a leer se encuentran en la mesa.


e) Em muitos casos, o uso desta construção é supérfluo e deve ser evitado; assim, numa oração como *Juan es un ejemplo a seguir para todos nosotros, a sequência de infinitivo a seguir é prescindível: Juan es un ejemplo para todos nosotros.



* As frases marcadas com asterisco constituem usos errôneos.


Um comentário:

  1. Muy bueno solo faltó una R abajo:

    A + infinitivo
    Possui um valor imperativo.
    Ahora, ¡a estudiar!
    ¡A divertiRse!
    ¡A callar!

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