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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Nilma Lacerda



Algumas pessoas têm a alma repleta de poesia e, para nossa felicidade, a sua poesia transborda para o papel em forma de palavras, registrando sonhos, momentos, imagens, um mundo colorido ou preto e branco, realidade ou faz de conta. Algumas pessoas têm um jeito único e pessoal de dizer as coisas, de contar as coisas, de ver o mundo…

Gostaria de convidá-los a conhecer uma escritora cujo trabalho conheci recentemente e me encantou:



Nilma Lacerda nasceu no Rio de Janeiro, onde vive. Autora de Manual de Tapeçaria, Sortes de Villamor, Pena de Ganso, Cartas do São Francisco: Conversas com Rilke à Beira do Rio, tem publicados ensaios e artigos científicos. Professora da Universidade Federal Fluminense e também tradutora, recebeu vários prêmios por sua obra, dentre os quais o Jabuti, o Prêmio Rio e o Prêmio Brasília de Literatura Infantojuvenil. No site da revista Pessoa, na Coluna Ladrinhos, Nilma publica quinzenalmente trechos das páginas lusófonas do Diário de navegação da palavra escrita na América Latina. O texto ganhou talhe ficcional para publicação em Mapas de viagem, volume de contos que é fruto  de um projeto de formação de leitores. Ela também contribui com crônicas sobre o universo literário.

Veja abaixo uma pequena amostra de seu talento nesta poesia sobre o novo ano que se inicia:

Solta, a criança

Viver um ano inteiro não é sem riscos.
Ao início, projetos, desejos e votos.
Ao final, balanço, as perdas, os ganhos.
Entre um e outro, nesse balanço,
o corpo subindo, pedindo impulso,
“mais alto, mais alto, para o céu, o céu!”,
o mundo é desse corpo que se acasala com o ar
e entre cordas suspensas, trave,
pedaço de madeira para o assento,
a criança, solta em si,
está pronta a rasgar o invólucro de outro ano de riscos,
o chão lá embaixo, um pé pererê cá dentro.


Visite o site pessoal de Nilma Lacerda:

Veja este lindo texto da autora "Nem infância sem livro nem dia sem flor"
http://asparticipativas.blogspot.com.br/2012/03/nem-infancia-sem-livro-nem-dia-sem-flor.html

Leia mais textos seus em Pessoa, revista de literatura lusófana:


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