Algumas pessoas têm a alma repleta de poesia e, para nossa
felicidade, a sua poesia transborda para o papel em forma de palavras,
registrando sonhos, momentos, imagens, um mundo colorido ou preto e branco,
realidade ou faz de conta. Algumas pessoas têm um jeito único e pessoal de
dizer as coisas, de contar as coisas, de ver o mundo…
Gostaria de convidá-los a conhecer uma escritora cujo
trabalho conheci recentemente e me encantou:
Nilma Lacerda nasceu no Rio de Janeiro, onde vive. Autora de
Manual de Tapeçaria, Sortes de Villamor, Pena de Ganso, Cartas do São
Francisco: Conversas com Rilke à Beira do Rio, tem publicados ensaios e artigos
científicos. Professora da Universidade Federal Fluminense e também tradutora,
recebeu vários prêmios por sua obra, dentre os quais o Jabuti, o Prêmio Rio e o
Prêmio Brasília de Literatura Infantojuvenil. No site da revista Pessoa, na
Coluna Ladrinhos, Nilma publica quinzenalmente trechos das páginas lusófonas do
Diário de navegação da palavra escrita na América Latina. O texto ganhou talhe
ficcional para publicação em Mapas de viagem, volume de contos que é fruto de um projeto de formação de leitores. Ela
também contribui com crônicas sobre o universo literário.
Veja abaixo uma pequena amostra de seu talento nesta poesia sobre o novo ano que se inicia:
Solta, a criança
Viver
um ano inteiro não é sem riscos.
Ao
início, projetos, desejos e votos.
Ao
final, balanço, as perdas, os ganhos.
Entre
um e outro, nesse balanço,
o
corpo subindo, pedindo impulso,
“mais
alto, mais alto, para o céu, o céu!”,
o
mundo é desse corpo que se acasala com o ar
e
entre cordas suspensas, trave,
pedaço
de madeira para o assento,
a
criança, solta em si,
está
pronta a rasgar o invólucro de outro ano de riscos,
o
chão lá embaixo, um pé pererê cá dentro.
Visite o site pessoal de Nilma Lacerda:
Veja este lindo texto da autora "Nem infância sem livro nem dia sem flor"
http://asparticipativas.blogspot.com.br/2012/03/nem-infancia-sem-livro-nem-dia-sem-flor.html
Leia mais textos seus em Pessoa, revista de literatura lusófana:
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