A “atutía” ou “tutía” aparecia no “Diccionario de la lengua castellana” de 1770, definida como unguento elaborado com óxido de zinco ao qual eram atribuídas qualidades curativas nos tratamentos das doenças oculares. Quando o medicamento estava em falta nas antigas farmácias dizia-se “no hay atutía”.
Assim, a expressão “no hay tutía” passou a ser usada para referir-se a algo que não tem remédio, ou seja, que não tem solução, algo irremediável.
Devido ao desuso da palavra tutia (ou atutía) no espanhol atual ocorreu um erro de interpretação e os falantes passaram a dizer “no hay tu tía”, como se se tratasse da tia de alguém, para dar a entender a alguém que não deve ter esperança de conseguir algo que deseja ou de evitar algo que teme.
O dicionário da ERA, em sua 22ª edição, na entrada “tío”, registra a expressão “no hay tu tía” como “Falsa separación de no hay tutía, en el sentido figurado de ‘no hay remedio’, porque la tutía se empleaba con fines medicinales”.
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