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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Humberto de Campos Veras




Humberto de Campos Veras (1886 - 1934) foi um jornalista, político e escritor brasileiro. De origem humilde, nasceu no então Município maranhense de Miritiba - hoje batizado com seu nome.
Autodidata, grande leitor, acumulou erudição, que utilizava nas crônicas. Poeta neoparnasiano, fez parte do grupo da fase de transição anterior a 1922. Poeira é um dos últimos livros da escola parnasiana no Brasil. Fez também crítica literária de natureza impressionista. Na crônica, seu recurso mais corrente era tomar conhecidas narrativas e dar-lhes uma forma nova, fazendo comentários e digressões sobre o assunto, tecendo comparações com outras obras.
Faleceu prematuramente no Rio de Janeiro, em 5 de dezembro de 1934, aos 48 anos, em virtude de uma síncope ocorrida durante uma cirurgia, após vários anos de enfermidade.
Tendo falecido no auge de sua popularidade, diversas coletâneas de crônicas, anedotas, contos e reminiscências de sua autoria foram publicados nos anos seguintes a sua morte, época em que também vieram à lume diversos livros supostamente escritos pelo espírito do escritor, sendo tendo sido psicografados pelo médium Chico Xavier. Os familiares de Humberto de Campos processaram judicialmente este último, alegando a ausência de pagamento de direitos autorais. A demanda, que provocou grande polêmica na época, foi julgada improcedente (conferir detalhes do processo abaixo)

Em 1950, nova polêmica: o Diário Secreto mantido pelo autor em alguns períodos da década de 1910 e com assiduidade de 1928 até sua morte é divulgado pela revista O Cruzeiro, cujos editores o publicam em livro em 1954. A publicação causou escândalo à época de sua publicação em razão de diversos registros e impressões pessoais feitos por Humberto de Campos a respeito de pessoas de grande notoriedade nas letras, política e sociedade de sua época, incluindo Machado de Assis, Getúlio Vargas, Olavo Bilac, e outros.

Sucessivas edições das Obras Completas de Humberto de Campos foram publicadas por diversas editoras (José Olympio, Mérito, W. M. Jackson, Opus) até 1983.
O conto “Os olhos que comiam carne” é um perfeito representante das narrativas de terror com influência fantástica no cenário Brasileiro, faz parte da coletânea “O monstro e outros contos” publicada em 1932 e pode ter sido influenciado pela experiência que lhe provocou a perda quase total da visão e graves problemas no sistema urinário.

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