O que me fez publicar esta entrada foi o termo “fones de ouvido”, já percebeu como é redundante esse termo? Onde mais poderíamos usar os fones senão no ouvido? Pleonasmo total…
No âmbito da literatura, o pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste no emprego de palavras desnecessárias que só é válida quando o termo usado tem a função de dar expressividade à oração.
“Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado pelo pavor” (Manuel Bandeira).
“Morrerá morte vil na mão de um forte” (Gonçalves Dias).
“Detalhes tão pequenos de nós dois” (Roberto Carlos).
“Cada qual busca salvar-se a si próprio...” (Alexandre Herculano).
“E rir meu riso.” (Vinícius de Moraes).
Fora do âmbito da literatura, essa repetição inútil torna-se um vício de linguagem, também conhecido como pleonasmo vicioso ou redundância. Ao escrever um texto, evite a redundância, pois ela compromete a qualidade do texto. Algumas redundâncias são óbvias, outras, nem tanto.
Exemplos:
Elo de ligação
Prefeitura municipal
Ambos os dois
Subir para cima
Descer para baixo
Adiar para depois
Monopólio exclusivo
Viúva do falecido
Metades iguais
Amigo pessoal
Ganhar grátis
Estrelas do céu
Surpresa inesperada
Certeza absoluta
Lamber com a língua
Morder com os dentes
Canja de galinha
Novidade inédita
Sorriso nos lábios
Lágrimas nos olhos
Conclusão final
Encarar de frente
Hemorragia de sangue
Conviver junto
Protagonista principal
Há muitos anos “atrás”
Sair para fora
Entrar para dentro
Planejamento antecipado
Fato real (todo fato é real)
Própria autobiografia
Previsão para o futuro
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