terça-feira, 23 de julho de 2013

Pleonasmo ou Redundância

O que me fez publicar esta entrada foi o termo “fones de ouvido”, já percebeu como é redundante esse termo? Onde mais poderíamos usar os fones senão no ouvido? Pleonasmo total…



No âmbito da literatura, o pleonasmo é uma figura de linguagem que consiste no emprego de palavras desnecessárias que só é válida quando o termo usado tem a função de dar expressividade à oração.

“Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado pelo pavor” (Manuel Bandeira).

“Morrerá morte vil na mão de um forte” (Gonçalves Dias).

“Detalhes tão pequenos de nós dois” (Roberto Carlos).

“Cada qual busca salvar-se a si próprio...” (Alexandre Herculano).

“E rir meu riso.” (Vinícius de Moraes).

Fora do âmbito da literatura, essa repetição inútil torna-se um vício de linguagem, também conhecido como pleonasmo vicioso ou redundância. Ao escrever um texto, evite a redundância, pois ela compromete a qualidade do texto. Algumas redundâncias são óbvias, outras, nem tanto.



Exemplos:

Elo de ligação

Prefeitura municipal

Ambos os dois

Subir para cima

Descer para baixo

Adiar para depois

Monopólio exclusivo

Viúva do falecido

Metades iguais

Amigo pessoal

Ganhar grátis

Estrelas do céu

Surpresa inesperada

Certeza absoluta

Lamber com a língua

Morder com os dentes

Canja de galinha

Novidade inédita

Sorriso nos lábios

Lágrimas nos olhos

Conclusão final

Encarar de frente

Hemorragia de sangue

Conviver junto

Protagonista principal

Há muitos anos “atrás”

Sair para fora

Entrar para dentro

Planejamento antecipado

Fato real (todo fato é real)

Própria autobiografia

Previsão para o futuro





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