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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Competências do tradutor

A norma europeia EN 15038 para a qualidade na indústria de tradução, estabelece algumas das competências necessárias ao tradutor:

Competência tradutória:

Conjunto de capacidades, destrezas, conhecimentos e atitudes reunidas pelos tradutores profissionais e que intervêm na tradução como atividade especializada (isto é, que diferenciam o profissional do não profissional), o especialista do não especialista (Kelly, 2002). Hatim e Masom postulam destrezas de processamento do texto original (reconhecer a intertextualidade, localizar a situacionalidade, inferir a intencionalidade, valorizar a informatividade, etc.) e de processamento do texto de chegada (estabelecer intertextualidade e situacionalidade, criar intencionalidade, equilibrar a informatividade, etc.), e habilidades de transferência para renegociar estrategicamente com eficácia, eficiência e relevância. A competência tradutória também envolve a capacidade de atender ao acordado previamente com o cliente e justificar as razões para as decisões tomadas.

Competência linguística e textual na língua de partida e na língua de chegada:

Segundo Aubert, a competência linguística diz respeito ao domínio dos códigos linguísticos que estão em contato no ato tradutório, incluindo entendimento, por parte do tradutor/intérprete, de questões ligadas ao léxico, sintaxe, morfologia, etc. É importante salientar que essa competência deve ser desenvolvida para as duas línguas em contato: a língua que, para o tradutor/intérprete é estrangeira – L2 – e aquela que lhe é ‘materna’, L1. Esse comentário é fundamental porque, tipicamente, o domínio da língua materna é relegado a um segundo plano, uma vez que se assume esse conhecimento como um ‘fato dado’, como se apenas ser falante nativo de uma língua já conferisse ao falante o saber especializado sobre sua língua. A competência linguística é uma condição essencial – ou seja, sem ela não é possível realizar um ato tradutório – mas não suficiente – ou seja, apenas o conhecimento dos dois códigos não faz de um indivíduo um tradutor/intérprete.

Competência de pesquisa, aquisição e processamento de informação:

A competência de pesquisa inclui a capacidade de adquirir eficazmente os conhecimentos linguísticos e especializados adicionais, necessários à compreensão do texto de partida e à produção do texto de chegada. O tradutor deve ter acesso a diversas fontes de pesquisa e gerenciar seus próprios glossários.

Competência cultural:

A competência cultural inclui a capacidade de fazer uso de informação sobre o ambiente cultural, os padrões comportamentais e os sistemas de valores que caracterizam as culturas de chegada e de partida. Conhecer e pesquisar as expressões idiomáticas, os costumes, os regionalismos, as crenças, a história, a literatura, a arte e as diversas manifestações das culturas envolvidas.

Competência técnica:

A competência técnica engloba as capacidades e habilidades exigidas para a preparação e produção profissional de traduções. Isto inclui a capacidade de usar as modernas ferramentas de tecnologia de informação e bases terminológicas. Deve gerenciar seu tempo e suas ferramentas de apoio de forma a otimizar e padronizar seu trabalho, zelando sempre pela qualidade.

3 comentários:

  1. competência linguística, conforme definida por consiste em
    A ) ter domínio linguístico (palavras, gramática, expressões idiomáticas) tanto da língua-alvo como da língua-fonte.
    B ) conhecer todas as palavras possíveis da língua-alvo, pelo menos as dicionarizadas.
    C ) saber estruturar as palavras da língua-alvo conforme as regras gramaticais que ela apresenta.
    D )
    não confundir expressões idiomáticas com termos técnicos, tendo assim um ótimo conhecimento das gírias da língua-alvo

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  2. A competência linguística, conforme definida por Aubert consiste em
    A ) ter domínio linguístico (palavras, gramática, expressões idiomáticas) tanto da língua-alvo como da língua-fonte.
    B ) conhecer todas as palavras possíveis da língua-alvo, pelo menos as dicionarizadas.
    C ) saber estruturar as palavras da língua-alvo conforme as regras gramaticais que ela apresenta.
    D )
    não confundir expressões idiomáticas com termos técnicos, tendo assim um ótimo conhecimento das gírias da língua-alvo

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