Antes de mais nada, vou explicar o nome “Pérolas Reflexivas” para desfazer qualquer mal-entendido (com hífen porque o segundo vocábulo começa com vogal), pois não se trata dessas pérolas reflexivas presentes em algumas linhas de cosméticos que prometem devolver o brilho aos cabelos maltratados (sem hífen porque o segundo vocábulo começa com consoante diferente de ‘h’ ou ‘l’).
No máximo, poderão realçar o brilho de seus neurônios…
O nome “Pérolas Reflexivas” que por si só já é uma pérola (metáfora), significa que as pérolas, que normalmente são objetos de cultivo, mas que neste caso são sujeitos; não sujeitos passivos que são cultivados, mas que cultivam a arte de contemplar os aspectos linguísticos mais transcendentes e improváveis do infinito do universo até as profundezas do oceano. Profundo, não?
Sim, com certeza o oceano é bem profundo…
Ah, sim, esqueci-me (no início de frase ou após a vírgula, usa-se próclise) de dizer que o motivo das iniciais maiúsculas de “Pérolas Reflexivas” é o de ser o título de uma publicação periódica que começa agora e vai até “sabe-se-lá-quando” (hífen devido à 'licença poética').
Para os profissionais que trabalham com a língua (não me entendam mal), é difícil livrar-se das reflexões a respeito da dita-cuja (com hífen e com função anafórica porque está retomando o termo 'língua'). E essas reflexões, tal qual uma dor de barriga, surgem de maneira inesperada e nas horas mais inapropriadas.
Falando de dor de barriga, lembre-se de que dor de barriga nunca se escreveu com hífen e de que diarreia perdeu o acento. Sim, o acento, e não o assento, o que seria extremamente inconveniente numa hora dessas…
E de que assento tem dígrafo: esses dois esses 'ss', opa! (interjeição) parônimos: esses como pronome demostrativo e esses como plural do nome da letra 's', e de que dígrafo tem encontro consonantal, e de que ter um encontro consonantal numa situação dessas é bem melhor do que ter um encontro casual…
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